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terça-feira, 21 de maio de 2019

Escritora e ex-refugiada somali percorre escolas dos EUA para inspirar crianças




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“Eu queria ser a rainha da selva”, sonha a pequena Nasra, protagonista do livro infantil Só É Preciso Um Sim. Como rainha, a menina ajudaria os desabrigados, alimentaria quem passa fome e faria livros brotarem das árvores, para que todos pudessem ler.
Mas o que Nasra descobre é que ela não precisa de uma coroa para fazer a diferença no mundo. “Isso sempre esteve no meu coração”, a menina percebe. “Aqui e agora é onde eu devo começar.”
A mente por trás de Nasra é a escritora Habso Mohamud, uma ex-refugiada da Somália. A vida da autora, de 24 anos, é muito semelhante à de Nasra. Em viagens por todo os Estados Unidos, Habso compartilha as duas histórias, a biográfica e a ficcional, em leituras organizadas para crianças em idade escolar.
A jovem escritora cresceu no campo de refugiados de Dadaab, no Quênia, onde tinha que caminhar 45 minutos para chegar à escola. Habso nunca faltava aula, mesmo quando não tinha dinheiro para comprar comida durante todo o dia.
“O amor pela educação veio de quando eu estava no campo de refugiados”, explica a escritora. “Eu não ia deixar passar aquelas oportunidades, mesmo sendo longe da minha casa.”
Hoje, Habso tem certeza da mensagem que quer transmitir: “Não desista de si mesmo e não desista dos seus sonhos, não importa onde você esteja ou quais são as circunstâncias com as quais você pode se deparar na sua vida”.

Vida nova nos Estados Unidos

Após serem encaminhados pela Agência da ONU para refugiados (ACNUR), Habso, seus pais e nove irmãos foram reassentados para os Estados Unidos em 2005. Apesar dos crescentes níveis de deslocamento forçado em todo o mundo, pouquíssimos refugiados têm a chance de serem reassentados. Do 1,2 milhão de refugiados que precisavam de reassentamento em 2018, apenas 55.692 conseguiram ser realocados.
A família de Habso chegou primeiro a Nova Iorque, no meio do verão. “Não achei que estávamos realmente na América”, lembra a jovem. “Eu me perguntava ‘onde está a neve?’”
Mas a escritora conseguiu aproveitar – e aguentar – a neve por muitos anos, depois que a família resolveu se estabelecer no norte do estado do Minnesota.
Adaptar-se a um novo contexto não foi fácil. Na época do reassentamento, Habso tinha dez anos. Com frequência, a menina se sentia ansiosa e depressiva. “Memórias do campo de refugiados ficavam voltando para mim”, conta a ex-refugiada. Aos 12 anos, Habso começou a fazer terapia — um processo que durou seis anos e incluiu até mesmo uma hospitalização.
“Eu só queria ser como qualquer outra criança”, lembra a escritora. Mas falar sobre saúde mental era um estigma em sua comunidade.
Ao contar suas histórias, Habso busca desafiar estereótipos sobre refugiados e saúde mental. “Não deveríamos encarar (os refugiados) como um peso”, defende a jovem. “Deveríamos dar a eles toda oportunidade possível para garantir que eles tenham outra vida porque eles não escolheram ser refugiados.”
O compromisso de Habso vai além das páginas de seu livro. A jovem se coloca à disposição de crianças nas redes sociais, por e-mail e pessoalmente, para responder dúvidas, encorajar e apoiar meninos e meninas.

Sessões de leitura

Toda vez em que faz uma sessão de leitura, Habso amarra uma bandana vermelha com bolinhas brancas na cabeça, para combinar com a vestimenta de Nasra.
De pé, na frente de um grupo de aproximadamente 20 crianças de 11 e 12 anos, numa escola de Washington, Habso lê em voz alta uma cópia extra grande do seu livro. O tamanho ampliado permitia que o público visse melhor as ilustrações. Uma menina chamada Bridget ouvia com atenção na fileira da frente.
Na página sete, Habso parou para pedir a um estudante que lesse em voz alta a frase: “Nós somos agentes de mudança”.
Quando a autora terminou de ler, as crianças mal se aguentavam para fazer perguntas e saber mais sobre a vida dela. Do que eram feitas as casas no campo de refugiados? Do que ela mais gosta nos Estados Unidos?
Depois da sessão de leitura, a jovem Bridget se aproximou timidamente de Habso, segurando-se para não chorar. Sem ter certeza do que dizer, ela simplesmente abraçou Habso.
A ex-refugiada conversou com a menina e perguntou sobre os seus sonhos. Enquanto Bridget contava que queria criar invenções capazes de ajudar o meio ambiente, Habso autografava uma cópia de Só É Preciso Um Sim. No livro, lia-se: “Para Bridget. Você é inteligente, você é forte, e você pode mudar o mundo”.









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