A educação dos alunos interrompida devido à perseguição no Quênia

Estamos oferecendo o audio desta matéria onde você poderá ouvir outras mais em nosso site www.jornalismogospel.com.br

Em nosso blog http://radiocsfbrasil.blogspot.com/ 

Você poderá encontrar os arquivos dos programas de audio, todos os arquivos usados em 

nosso programa e muito mais serviços para rádio

Uma produção 

Comunicadores Sem Fronteiras Brasil

_____________________________________________________

 É meio-dia e as crianças estão fazendo seu caminho para o campo de assentamentos do governo em Katsaka Kairo, no Quênia, sob o sol escaldante do litoral. As crianças cobertas de suor estão esperando encontrar uma refeição pronta, embora isso nem sempre seja o caso. A pobreza atingiu os agricultores bem sucedidos de pequena escala da aldeia de Maleli, adjacente à Floresta de Boni, que é um esconderijo para dezenas de terroristas baseados na Somália ligados à Al-Qaeda. A floresta se estende de Lamu até o distrito de Badaade, no sul da Somália, facilitando a entrada e saída do grupo jihadista do Quênia.

“Ficamos no campo de deslocados internos por um longo tempo, e por isso deixamos de aprender depois que nossa escola foi fechada e os professores saíram devido à crescente insegurança e subsequentes ataques terroristas. Isso foi interrompido por um ano, mas agora nos juntamos à escola perto da nova aldeia onde o governo estabeleceu nossos pais. Nos sentimos estranhos e atrasados, mas estamos progredindo ”, disse Charles Kahindi à International Christian Concern (ICC).

Quatro escolas primárias em Lamu West, Pandanguo, Kakate e Maleli foram fechadas em 2017, quando terroristas invadiram aldeias vizinhas à floresta densa. Eles mataram 13 pessoas, incendiaram casas e delegacias e vandalizaram centros médicos.

“Estávamos acostumados com a nossa escola e nossos professores e estávamos indo muito bem academicamente. Viver aqui sem uma fonte de renda torna a vida muito difícil para minha família. Às vezes eu vou para a escola sem tomar café da manhã e fica muito difícil me concentrar na aula ”, disse Mercy Ziro, um aluno da classe 4 da Escola Primária Katsaka Kairo.

“Viver aqui sem uma fonte de renda torna a vida muito difícil para minha família. Às vezes eu vou à escola sem tomar café da manhã e fica muito difícil me concentrar na aula. ”

Mais de 2.000 moradores de Maleli estão residindo em terras do governo densamente povoadas depois de terem sido expulsos de suas casas. Essas pessoas moram aqui devido à ameaça representada por militantes que tomaram a floresta de Boni e a tornaram um refúgio seguro para terroristas além do alcance das forças de segurança.

“Embora tenhamos saudades de estar em casa e de nossa vida escolar na vila, nos sentimos seguros porque uma nova base policial foi aberta para nos proteger. Também não temos medo de usar dispositivos explosivos improvisados ​​que a al-Shabaab [plantou] principalmente em estradas e caminhos para atacar a polícia e os civis ”, expressou Paul Katam.

Os pais levantaram preocupações, no entanto, ao governo sobre a falta de comida, água potável e saneamento. “Fomos trazidos para cá pelo governo e partimos sem nenhuma compensação para erguer novas casas e comprar comida. Nós não recebemos ajuda por muito tempo e isso tem forçado alguns de nós a voltar para as fazendas no Boni ”, disse Nyati Kagholi à ICC.

“Estamos orando para que o governo reforce a segurança e nos permita voltar a reconstruir nossas casas e começar a agricultura novamente. Nossa liberdade de religião e culto também foi violada. Estamos sendo perseguidos por muçulmanos que alegam ser pessoas pacíficas, mas eles odeiam a fé cristã ” , acrescentou.

Houve relativa paz e estabilidade em Lamu no ano passado, apesar de alguns casos de ataques à polícia de fronteira. No entanto, os moradores de Lamu West ainda vivem com medo devido à discriminação religiosa e violência que muitas vezes culmina com o assassinato de cristãos.

fonte https://www.persecution.org/2019/04/03/students-education-interrupted-due-persecution-kenya/