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A chefe do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o coordenador humanitário da ONU afirmaram na quinta-feira (21) que é necessário financiamento urgente e contínuo para uma resposta liderada pelo governo da República Democrática do Congo à crise humanitária no país.
Após uma missão de averiguação de fatos nesta semana, a diretora-executiva do UNICEF, Henrietta Fore, e o coordenador humanitário da ONU, Mark Lowcock, disseram que fundos são urgentemente necessários para atender as necessidades de crianças, famílias e comunidades vulneráveis, incluindo pessoas com deficiências.
“A transição política relativamente pacífica acontecendo na República Democrática do Congo é uma oportunidade que devemos aproveitar”, disseram as autoridades em comunicado, se referindo à primeira transferência pacífica de poder, após a eleição de 30 de dezembro.
“Podemos derrotar a enorme e prolongada crise humanitária. Mas precisamos urgentemente que doadores forneçam financiamentos generosos, conforme as necessidades continuam superando os recursos (disponíveis)”, disse Lowcock. Segundo ele, a República Democrática do Congo precisa de contínuo engajamento internacional para criar as condições para paz, segurança e desenvolvimento de longo prazo.
Embora o país tenha conseguido progressos nos anos recentes em algumas áreas, incluindo uma queda no número de crianças mortas antes de completarem 5 anos, a situação humanitária geral permanece alarmante. Cerca de 13 milhões de pessoas passaram fome no ano passado, frente a 7,7 milhões em 2017. Ao menos 4 milhões de crianças estão malnutridas, enquanto cólera, sarampo e ebola “continuam arruinando muitas vidas”.
“A desnutrição severa deve atingir neste ano 1,4 milhão de crianças com menos de 5 anos e colocá-las em risco iminente de morte”, disse Fore. “Em áreas do país afetadas por conflito, crianças e jovens estão sendo recrutados como combatentes e são agredidos sexualmente”. Além disso, Fore afirmou que estes jovens estão tendo seus direitos à educação e saúde negados.
“Juntos, a comunidade internacional e o novo governo podem – e devem – fazer o melhor para crianças”.
Conversas construtivas
Em Kinshasa, os dois representantes da ONU participaram de conversas com o presidente recém-eleito, Félix Tshisekedi, que reiterou o comprometimento do governo do país em liderar a resposta humanitária no país.
Em Goma, na província de Kivu do Norte, eles visitaram um centro de assistência para mulheres, incluindo sobreviventes de violência sexual e com base em gênero. Fore e Lowcock também se encontraram com sobreviventes de estupros que recebiam assistência médica, psicológica e legal, com apoio do UNICEF e parceiros.
Em Bunia, na província de Ituri, as autoridades visitaram um local para pessoas deslocadas internamente, onde se encontraram com uma mãe de quatro filhos que ficou ferida e cujo marido foi morto quando seu vilarejo foi atacado.
Trabalhos com moradores para combater ebola
Fore também viajou para Beni e Butembo, onde visitou centros para tratamento contra o ebola, conforme o surto continua. Além disso, ela expressou preocupação de que a luta contra a doença seja paralisada por conta de ataques recentes contra centros médicos.
Ela então visitou centros onde sobreviventes do ebola, agora imunes ao vírus, cuidam de crianças pequenas cujas mães estão sendo tratadas para a doença e correm o risco de desenvolvê-la.
Crianças representam um terço de todos os casos de ebola – mais do que em qualquer surto anterior. Mais de 1 mil crianças foram separadas de seus pais ou ficaram órfãs por conta da doença.
Os dois representantes da ONU concordaram que, para a eliminação do surto atual de ebola ter sucesso, é preciso maior engajamento da comunidade. “Somente se populações locais estiverem totalmente envolvidas e forem consultadas o surto será derrotado”, disse Lowcock.
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