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quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Refugiado deixa a guerra na Síria e brilha no tapete vermelho de Cannes




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Sorrindo timidamente em uma câmera de televisão, antes de subir ao palco e encarar a platéia lotada do Festival de Cinema de Cannes, Zain Al Rafeaa nunca imaginara receber os aplausos de estrelas do cinema, diretores e outros astros da indústria cinematográfica. “Fiquei paralisado, totalmente paralisado”, conta o refugiado sírio, de apenas 13 anos. O menino interpreta o papel principal do filme Capharnaum, que recebeu o prêmio do júri em Cannes.
“Eu nunca tinha visto alguém ser ovacionado de pé. Essa foi a melhor parte”, lembra Zain sobre a noite surreal que viveu em maio último.
A festa da sétima arte, porém, é uma realidade distante de sua vida como um refugiado na capital do Líbano, Beirute. Na cidade, o adolescente carismático e espirituoso foi visto nas ruas antes de ser escalado como protagonista pela diretora de Capharnaum, Nadine Labaki.
Zain tinha apenas sete anos quando, em 2012, fugiu de Daraa, no sul da Síria, com sua família. Os parentes partiram em busca de um porto seguro no Líbano. O menino havia acabado de completar o primeiro ano quando a violência aumentou em sua cidade natal.
“Nossas vidas estavam em perigo. A mãe dele e eu tivemos que sacrificar o que achamos que seria apenas um ano de escolaridade pelo bem de sua segurança”, diz seu pai, Ali Mohammed Al Rafeaa.
O personagem principal do filme, que também se chama Zain, é um menino sem documentos que mora em um dos bairros mais pobres de Beirute. Em vez de ir à escola, precisa trabalhar para sustentar sua família. Sem treinamento formal em atuação, o ator mirim usou sua própria experiência de vida para interpretar o papel.
“Tem sido difícil”, afirma o jovem sobre sua infância no exílio. Nos últimos seis anos, Zain dividiu colchões surrados com seus pais e três irmãos, no chão de seu apartamento apertado e cheio de correntes de ar. “Eu adoraria ir à escola. Lembro-me do primeiro dia em que viemos para cá e desci para brincar. Eu briguei com uma criança.”
“Quando vi Zain, ficou muito óbvio para mim que ele seria nosso herói”, explica a diretora Labaki. “Há algo em seus olhos que é muito triste. Ele também sabe do que estamos falando [no filme], e isso aparece em seus olhos.”
A libanesa sabia que estava se arriscando ao selecionar um elenco composto apenas por não-atores, mas conta que foi isso deu força ao filme. “Não há atores no meu filme. Todos eles estão desempenhando seu próprio papel, suas próprias vidas. Todos eles descrevem suas vidas de uma forma ou de outra, suas lutas, sua situação.”
“Zain mal consegue escrever seu próprio nome, mas conseguiu carregar o pesado fardo de uma longa filmagem de seis meses em seus pequenos ombros. Ele até adicionou suas próprias expressões, palavras e ações – tudo isso foi tão natural para ele, tornando as cenas ainda mais fortes”, acrescenta Labaki.
Capharnaum, que estreou este mês em Beirute, aborda problemas sociais compartilhados por libaneses e refugiados — trabalho infantil, casamento precoce, apatridia e pobreza. Atualmente, o Líbano é o lar de cerca de 976 mil refugiados sírios registrados. Mais da metade deles são crianças. O país é a nação com o maior número de refugiados em relação à sua população.
A obra de Labaki foi selecionada pelo governo libanês para tentar uma indicação ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Zain tem no futuro a perspectiva de uma turnê mundial para divulgar o filme ao final deste ano. Vai ser difícil esquecer a vida de estrela.

Reassentamento para a Noruega

Com a ajuda da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), Zain e sua família foram selecionados para o programa de reassentamento e transferidos para a Noruega. Embora cheia de promessas, a mudança não foi fácil. Na véspera da partida, familiares, amigos e vizinhos lotaram o pequeno apartamento dos Rafeaas para se despedir.
A irmã mais nova de Zain, Iman, estava recitando algumas das palavras norueguesas que aprendeu nas palestras de orientação cultural em Beirute, junto com seus irmãos e pais. Mas Zain tinha sentimentos mistos. “Estou feliz e triste. Vou sentir falta dos meus primos aqui, mas lá poderei ir à escola e aprender a ler e escrever.”
Zain e sua família estão se acostumando com a nova vida em terras europeias. O menino tem uma cama para dormir e começou a frequentar um colégio, como outras crianças da sua idade. “Podemos ver o mar da nossa janela. Eu gosto de sentar à beira mar, mas não consigo nadar, a água está congelando!”, conta Zain.
O sírio diz que existe a possibilidade de um dia se dedicar integralmente à carreira de ator. Mas por enquanto, ele está feliz por finalmente estar cumprindo seu sonho de ir à escola.
Zain e os parentes estão entre os menos de 1% de famílias refugiadas em todo o mundo que têm a chance de começar uma nova vida em um terceiro país. Para colaborar com o ACNUR e ajudar refugiados a reconstruir seus sonhos, clique aqui.
fonte https://nacoesunidas.org/refugiado-deixa-a-guerra-na-siria-e-brilha-no-tapete-vermelho-de-cannes/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+ONUBr+%28ONU+Brasil%29

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